13 de fevereiro de 2011

A transversalidade no Programa Segundo Tempo

O tratamento transversal – e não meramente interdisciplinar – dado à prática pedagógica realizada nas atividades do Segundo Tempo, quer seja nas esportivas ou complementares é o que faz do esporte praticado e ensinado no Programa um diferencial capaz de conduzir a um processo de construção de cidadãos. Isso porque “a transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer, na prática educativa, uma relação entre aprender na realidade e da realidade de conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade)” (PCN/Temas transversais e ética, 1997:47); enquanto a interdisciplinaridade somente estabelece uma relação entre disciplinas, questionando essa fragmentação do conhecimento.

Essa proposta diferenciada que o Programa oferece baseia-se no que denomina Pedagogia do Esporte, definida assim por Nista-Piccolo: “ensinar a praticar esportes é preparar o aluno para executar determinadas habilidades por meio da descoberta do prazer de se exercitar. É conscientizá-lo de suas capacidades e limitações. É mostrar diferentes maneiras de aprender um movimento. A ludicidade da proposta pode ser o caminho da conscientização” (NISTA-PICCOLO, 1999:11). Conscientização que abrange não só as capacidades e limitações dentre de um jogo, mas também frente à vida, frente à sociedade, frente ao futuro. Isso porque “o indivíduo praticante do esporte, ao mesmo tempo em que expressa comportamentos esportivos, constrói e reconstrói um universo de valores sociais, significando e ressignificando atitudes, enfim, agindo e representando socialmente” (SADI, 2004: 111).

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