27 de abril de 2012

Cuidados com a pele exposta ao sol devem ser tomados o ano inteiro

Protetor solar protege, mas não é tudo | Foto: Corbis
A transição para uma estação do ano com temperaturas mais amenas não significa que os cuidados com a exposição do sol na pele devem diminuir. A dermatologista do Hospital de Ipanema, vinculado ao Ministério da Saúde, Marcia Senra, alerta que a atenção com a radiação deve durar os 12 meses do ano.
“O Brasil recebe sol em todas as regiões durante o ano inteiro. Mesmo no outono, continuamos a ter uma grande exposição”, afirma. Segundo ela, quem tem pele muito clara e possui histórico familiar de câncer de pele ou melanoma deve estar bastante atento. “No inverno, por conta da quantidade de roupas já há uma proteção. Agora, em áreas muito iluminadas, como no Nordeste, a pessoa não deve se iludir, pois pode ficar muito exposta ao sol”, explica.
Outra recomendação é não acreditar que apenas o uso do protetor solar resolve tudo. “Ele não é um passaporte para exposição ao sol. Ele protege sim, principalmente nos horários de maior luminosidade, mas é preciso lembrar que a exposição ao sol acontece caminhando na rua, por exemplo, mesmo antes de 10h e depois das 16h”, alerta.
Exposição constante e gradativa – Entre os brasileiros, as lesões dermatológicas mais comuns são aquelas consideradas como pré-câncer. “São as ceratoses actínicas, que são provocadas ao longo da vida. A pessoa pega muito sol desde criança: tem bolhas, descasca com frequência e quando vai ficando mais velha, vão aparecendo umas casquinhas. É preciso cuidado para essas lesões não virarem um câncer mais grave”, aconselha.
A dermatologista orienta as pessoas a procurar um profissional, caso percebam alterações na pele. “Casquinhas que vão aderindo à pele; lesões com bordas avermelhadas; que sangram com facilidade; uma pinta que surge, um escurecimento que não existia ou algum sinal que já existia e foi aumentando de tamanho, modificando bordo ou coloração. Isso tudo é sinal de que é hora de procurar um profissional”.
Brozeamento artificial – A médica do Hospital de Ipanema destaca a importância das campanhas de alerta para a população e os cuidados com modismos, como o bronzeamento artificial. “A gente vê a população mais consciente. As pessoas perguntam pelos fotoprotetores. As campanhas são muito intensas e disseminaram muito essa ideia. Agora, o que cada um faz com a informação que recebe já é uma opção pessoal. O bronzeamento artificial teve grande adesão. Os dermatologistas se posicionaram dizendo que essa exposição causaria câncer a logo prazo. Em alguns países, houve uma diminuição no uso e em outros, a exposição continua”, afirma. “Se você exagera na exposição natural ou em câmaras de bronzeamento, estará provocando um envelhecimento cutâneo precoce e risco de câncer de pele, com certeza”, completa.

Fonte: Marcos Moura/ Agência Saúde

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