30 de julho de 2012

Jogos olímpicos: esporte, ferramenta de inclusão social



Há mais de dois mil anos a ocorrência dos jogos olímpicos tinha o dom de paralisar as disputas, mesmo as guerras, em que os gregos estavam envolvidos. Infelizmente, o maior acontecimento esportivo mundial perdeu esta força, embora mantenha semelhante capacidade de envolvimento e mobilização.
Cerca de 10 mil atletas, de umas 200 nações, vão prender a atenção do mundo durante os próximos 17 dias. Entre eles, estarão 259 brasileiros (ou 441, contando os paraolímpicos), que vão buscar o ouro em 32 modalidades esportivas. Quase metade da delegação brasileira é formada por mulheres (47%); número igualmente significativo é formado por atletas beneficiados pelo programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte: são 111 entre aqueles 259 (ou 42% do total).
São números significativos e que refletem os avanços obtidos desde que o esporte adquiriu o status de política pública, inaugurado sob a presidência de Lula, primeiro com o ministro Agnelo Queiroz, depois aprofundado com Orlando Silva e com Aldo Rebelo. Empenho que, além de reforçar a participação brasileira em disputas internacionais deste quilate, teve ainda o mérito de trazer para o Brasil a Copa do Mundo de futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Neste sentido, os investimentos têm sido permanentes e crescentes. Em 2012, os gastos previstos cheguem a R$ 60 milhões no Bolsa Atleta, mais R$ 200 milhões para a modernização de centros de treinamento e R$ 13 milhões em equipamentos esportivos. Nos últimos quatro anos, os gastos voltados apenas para os jogos olímpicos ultrapassaram a quantia de R$ 2 bilhões (os jogos anteriores, de Pequim, envolveram a metade desse valor: R$ 1 bilhão).
Há aqueles que torcem o nariz e, numa renitente síndrome de viralata, condenam os investimentos nacionais no esporte e acendem velas pelo fracasso nos mega eventos de 2014 e 2016. A hipocrisia destes mal-humorados não recua nem mesmo ante a evidente falácia de propor que o dinheiro gasto seria mais bem empregado em infraestrutura, saneamento ou saúde. A questão real que estes argumentos escondem é o ciúme conservador contra realizações visíveis e notáveis que, quando estas mesmas forças estiveram no governo, nunca foram realizadas e nem por isso fizeram os alegados investimentos em infraestrutura, saúde ou saneamento.
O esporte é uma privilegiada ferramenta de inclusão social – este é o fundamento de sua compreensão como política pública que merece cuidados especiais do governo. Os programas criados pelo Ministério do Esporte envolvem mais de dois milhões de estudantes, e seus resultados começam a aparecer nas disputas esportivas internacionais das quais o Brasil participa. Nos Jogos Olímpicos de Londres, o governo tem a ambição de dar passos decisivos para levar nosso país ao grupo das dez principais potências esportivas do planeta em 2016, quando os jogos ocorrerão no Rio de Janeiro.
 
Fonte: Portal Vermelho
http://www.vermelho.org.br/

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