31 de julho de 2012

Fabiana Murer encara Olimpíada sem pressão, para saltar alto


A bicampeã mundial de salto com vara, Fabiana Murer, chega em Londres sem a pressão de conquistar uma medalha. “Eu não me acho favorita. Eu estou no bolo e eu tenho que ir lá e saltar. É mais uma competição e a minha motivação é diferente. Eu me foquei neste ano para a Olimpíada e eu quero aproveitar, saltar alto e me divertir. Se o salto for suficiente para a medalha eu saio contente”, diz a atleta. Durante 2012, Fabiana fez uma preparação atípica, com mais treinamento e menos competições.

Murer revela que chegou em Londres mais confiante do que nos Jogos de Pequim, em 2008. “Chego com uma consistência maior no salto. Em Pequim, eu tinha feito uma vez 4,80m. Agora, nesse ciclo olímpico, eu já fiz várias vezes esta marca. Hoje eu sei como encarar uma competição, mais tranquila, mais madura e sabendo o que estou fazer. Esse conjunto me dá uma confiança maior na hora da competição”, disse.

A prova de salto com vara nos Jogos de Londres será disputada no próximo sábado (04.08), no Estádio Olímpico. “Vai ser uma prova difícil porque vai ser equilibrada. Acredito que a atleta que saltar a marca de 4,80m terá chance de medalha”, analisou.

A equipe técnica da atleta toma cuidado especial com os equipamentos de provas, para que na hora, nada saia do planejado. “Neste ano eu trouxe nove varas. Os equipamentos têm flexibilidade e eu vou escolher na hora do salto, de acordo com a minha flexibilidade, do meu peso, da altura do sarrafo ou da minha técnica”, explicou Fabiana. As opções de varas servem para as diferentes condições de prova.

Elson Miranda, técnico da atleta, falou sobre a evolução do esporte e da estrutura do salto com vara no Brasil. “Hoje o Brasil está no mesmo nível de equipamento para treino do que os atletas estrangeiros. Tivemos, neste ano, o Thiago Braz como o campeão do Mundial Juvenil em Barcelona. Ele já tinha sido vice-campeão Olímpico em Singapura, nos Jogos Olímpicos da Juventude. Isso mostra uma evolução do salto com vara, em função, principalmente, de melhores patrocinadores, porque o esporte caro”, disse.

Breno Barros, de Londres

Ascom – Ministério do Esporte

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